Quatro jogadores da equipa profissional do VITÓRIA FC visitaram esta quarta-feira a Casa do Gaiato, em Algeruz, e levaram aos rapazes da obra do Padre Américo, entre outras surpresas, uma camisola autografada e bilhetes para assistirem, no próximo domingo, ao jogo com o Marítimo a contar para a 28.ª jornada da Liga NOS.

Artur Jorge, Nuno Valente e Zequinha, acompanharam Berto, avançado vitoriano que ali viveu entre os 8 e os 14 anos e onde foi reencontrar alguns antigos colegas com quem privou durante o período em que por lá permaneceu.

Recebidos pelo Padre Acílio, responsável pela Instituição e adepto confesso do Vitória, os jogadores vitoriano foram conhecer os cantos à casa, tendo Berto como cicerone e levar uma mensagem de esperança aos 35 rapazes que aquela Instituição acolhe atualmente.

“Quando aqui cheguei vieram-me à memória lembranças dos tempos em que vivi aqui, infelizmente longe da família e dos amigos. Foi um período muito complicado da minha vida, mas como puderam ver, com os amigos que fiz aqui foi mais fácil a minha adaptação e consegui superar tudo o resto. O que levo daqui são recordações maravilhosas e cada vez que aqui tiver de voltar, será com bastante orgulho que o faço”, disse.

No seu regresso à Casa do Gaiato, Berto reencontrou alguns amigos, destacando entre eles, aquela que, durante alguns anos, o tratou como uma mãe. “Tenho aqui alguns amigos, a dona Conceição que me criou desde pequenino, deu-me muito carinho e sempre me tratou bem. Voltar a vê-la agora, um bocadinho mais velhinha, foi uma emoção enorme”, sublinhou.

Sobre o significado da visita, Berto salientou que sua presença pode servir de exemplo para os rapazes que ali se encontram. “Penso que eles ao verem uma pessoa que morava aqui, que conseguiu fazer uma carreira no futebol e que atualmente joga num clube com a enorme dimensão do VITÓRIA, pode estimulá-los a quererem ser também pessoas com sucesso na vida. Espero que quando saírem daqui, estejam todos com saúde e voltem a encontrar o seu caminho de forma a construir um futuro risonho”, referiu o avançado vitoriano que, tal como os seus colegas de visita, não tiveram mãos a medir, tais foram as solicitações para uma abraço, um carinho e, claro, algumas selfies.