Paulo Gomes reagiu, esta quarta-feira, à decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) de rejeitar a providência cautelar apresentada pelo Vitória FC. Em conferência de imprensa, o Presidente do emblema do Bonfim sublinhou que “o Vitória vai ter razão neste processo, pode é não ser em tempo útil”.

“O clube tem problemas graves cá dentro, mas temos de ser nós a tentar resolvê-los. Trabalhamos sempre com manta muito curta, com doenças… A Liga não conhece bem o Vitória e as gentes de Setúbal. A revolta da cidade é enorme, a presidente da câmara está chocada. O Vitória é dos vitorianos que gostam do clube, não dos que são empresários e tentam denegrir quem nos gere e quem está cá. Peço aos vitorianos união e é nessa base que vamos preparar o futuro próximo. Daqui a uns tempos vão dar razão ao Vitória e depois dizer ‘ah, desculpem lá’. Os prejuízos rondarão sempre os dois milhões de euros por ano, porque são compromissos que o Vitória tem com os credores”, começou por dizer.

“O Vitória não pode ter dívidas em 2019 superiores ao seu orçamento. Mesmo com essas dívidas, o Vitória pagou parte delas e outra parte apresentou garantias reais. Apresentámos pressupostos à Liga e não podemos ser feridos numa decisão que ganhámos em campo. Não querem deixar o clube respirar”, acrescentou ainda.

Para o imediato, Paulo Gomes garante que não vai baixar os braços e promete manter-se na luta. “Vou abrir o estado de emergência do clube e perceber como vamos trabalhar para que possa funcionar. Vão ser decisões difíceis, hoje falei com a estrutura e a seu tempo as decisões vão sair. Os jogadores serão tratados  caso a caso, sempre defendendo os interesses do Vitória, que é maior do que o seu presidente ou um atleta. Queremos que a decisão final do TAD seja antes do campeonato iniciar. Mesmo com dificuldades que teremos até lá chegar. Obviamente a preparação alterou-se depois desta decisão. Também estamos inscritos nos sub-23 e temos de pensar o que fazer e qual a melhor forma de fazer”, revelou o líder dos sadinos.

Relativamente ao futuro, Paulo Gomes admite que se avizinham tempos muito complicados, mas deixa uma mensagem de esperança ao universo vitoriano. “O Vitória não vai acabar. Os sócios vão unir-se, talvez até duplicar o número de sócios, e mostrar a força deste clube e desta cidade. Nunca imaginei estar aqui, não estou agarrado a este lugar mas vou estar na linha da frente para continuar lutar”, sentenciou.