Caras e Caros Sócios do VFC,
Mais do que fazer um comunicado, pretendo lançar um apelo a todos os nossos associados: protejam aqueles que nos vão dirigir!
Desde o momento em que fomos confrontados com a inexistência de candidaturas aos órgãos sociais do VFC, iniciámos um processo de auscultação de várias pessoas ligadas ao nosso Clube e à nossa Cidade, que culminou com uma reunião do Conselho Vitoriano, realizada na passada 6.ª feira.
Apesar dos inúmeros contributos extremamente válidos que recebi, a verdade é que este período fica marcado pelas fortes – e já esperadas – pressões para ser indicado este ou aquele nome e, em sentido contrário, para que outros nomes fossem liminarmente descartados.
A designação de uma comissão de gestão é uma decisão de grande complexidade e de elevada responsabilidade, que se baseia em rigorosos critérios de escolha dos seus membros.
Tal decisão, nunca irá de encontro à opinião de todos os associados mas, depois de tomada – como se impõe em democracia – deve ser recebida em moldes que os membros designados passem a ser os dirigentes de todos os Vitorianos.
Lamentavelmente, ainda antes de tomada e, portanto, ainda antes de tornada pública a designação da Comissão de Gestão que irá dirigir o Vitória Futebol Clube até às próximas eleições, começaram já a surgir vozes discordantes e a ser produzido um ruído em redor das pessoas que, por amor ao Vitória e com grande sentido de responsabilidade, responderam positivamente à chamada!
Já nos longínquos tempos das invasões romanas se dizia que “há, nos confins da Ibéria, um povo que não se governa nem se deixa governar”.
Pelo que se tem visto, a frase (atribuída a Júlio César) assenta-nos, Vitorianos, que nem uma luva…
De facto, fez-se cair uma direcção mas ninguém se disponibiliza para ocupar esse lugar. Criticaram os projectos da direcção cessante e garantiram soluções mas ninguém as vem agora apresentar. E, os mesmos que criticaram, que anunciaram soluções e que não se dignaram a submeter a sufrágio, são os mesmos que surgiram já a atacar os eventuais membros da futura comissão de gestão.
Caras e Caros Associados, o Vitória não sobrevive a isto!!!
É necessário criar uma equipa de trabalho, competente e estável, para conduzir o Vitória aos seus desígnios. Para tanto, há que existir paz e harmonia. Confiança e responsabilidade. Profissionalismo e paixão.
E isso só se consegue se os futuros dirigentes sentirem que são acarinhados e reconhecidos pela nobre missão de – contrariamente a tantos outros – darem a cara pelo Vitória, com todos os riscos (pessoais e profissionais) que isso acarreta.
Ninguém pode ser forçado a concordar com a integração desta ou daquela pessoa. Mas todos temos a obrigação de respeitar os designados e de lhes assegurar as condições necessárias para exercerem as suas funções.
É por isso que apelo ao bom senso, Vitorianismo e sentido de responsabilidade de todos os associados e que não deixemos de proteger – de forma implacável – os nossos futuros (ainda que transitórios) dirigentes, não permitindo que as minorias ruidosas (a que já estamos habituados) continuem a destruir o nosso Clube. Isso tem de acabar.
A crítica construtiva será sempre bem vinda mas os comentários e movimentações vis e maledicentes não podem continuar a ser suportados. Só depende de nós. Proteger quem se disponibilizou para nos dirigir é protegermo-nos a nós próprios e à nossa família. A Família Vitoriana.
Setúbal, 24 de Novembro de 2024
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
David Mestre Leonardo