O Presidente do Vitória FC, Paulo Gomes, foi o convidado especial do ‘Tudo é Futebol’, do Canal 11, esta quarta-feira. O líder do emblema sadino fez um raio-X ao momento do clube e apontou a “organização e a logística” como duas das principais bases do seu projeto.
“Queremos deixar de ser um clube gerido nas últimas semanas, quando são necessárias verbas avultadas, e começar a fazer um planeamento organizado e estruturado para percebermos bem mais cedo do que é que o clube precisa para que possa, de uma forma digna, representar esta cidade de gente boa e honesta”, começou por dizer.
“As pessoas que dirigiam o Vitória FC faziam-no um pouco ‘empurrando com a barriga’, ou seja, gerindo as coisas à medida que iam acontecendo. Essa é realmente uma grande diferença. Temos de perceber o que somos, o que valemos e o nosso passado, que por um lado é glorioso, mas que por outro é um fardo pesado financeiramente. Isto por má organização e mau planeamento. É por isso que estamos numa fase complicada. Estamos a liquidar as nossas dívidas para depois percebermos o que temos de fazer para ajudar o clube”, acrescentou ainda.
Revelando que o Vitória FC precisa de uma verba de “perto de um milhão de euros” a curto prazo, Paulo Gomes deixou claro que, afinal, “as contas não estavam assim tão certas” ao contrário do que vinha sendo “apregoado”, pois, apesar do “plantel principal receber a tempo e horas”, “as dívidas foram-se acumulando e escondendo”.
“O Vitória FC, inicialmente, tem de se estruturar e ter dois parceiros: um financeiro, de mera tesouraria, e outro que trabalhe connosco no investimento de jogadores, até com alguma distribuição de percentagens de passes para que nós possamos crescer. O Vitória FC precisa de ter receitas extraordinárias e para isso não pode ter tantos empréstimos como tinha anteriormente. Este mês de janeiro é um mês complicado porque a janela de oportunidade é pequena, mas precisamos de uma estratégia onde o clube consiga adquirir receitas financeiras”, explicou detalhadamente.
No campo desportivo, o Presidente vitoriano fez ainda duas revelações. “Vai chegar um extremo e um guarda-redes. Isto obrigatoriamente, porque o nosso guarda-redes tem uma cláusula de rescisão baixa e não podemos correr o risco de o perder no último dia de mercado”, admitiu, classificando Makaridze como “um dos esteios da equipa”.
Confiante na construção de um novo Vitória FC, Paulo Gomes vincou ainda objetivos como “recuperar sócios e unir as pessoas em torno do clube”, “apostar na formação, que é a ‘menina dos olhos’” e “investir na construção de uma academia e na remodelação do Estádio do Bonfim”. “Tenho a esperança de devolver ao clube aquilo que o clube merece, a cidade merece, o distrito merece e a região merece. Esse é o meu desejo: fazer do Vitória FC um clube que se orgulhe do seu passado e do seu presente”, concluiu, visivelmente confiante.